Teste de indicação Site Petrus
Nos últimos meses têm-se discutido uma questão de fundamental importância para as próximas eleições presidenciais: o que vai fazer com que o eleitor vote em tal candidato? Certamente esta é uma pergunta que nenhum dos partidos políticos poderá deixar de responder se quiser ter chances de alcançar o executivo.
Alguns cientistas políticos, logo após a derrota do Governo no referendo sobre o desarmamento, afirmaram enfaticamente que o próximo presidente terá de ter um caráter mais conservador, não da extrema-direita, mas conservador.
Conversando com pessoas de pensamento direitista-conservador, verifiquei que alguns deles têm um certo enlevo com o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, possível pré-candidato do PSDB à presidência. Dizem que ele é a esperança da direita. Inclusive boatos de que ele pertenceria ao movimento católico conservador Opus Dei foram espalhados pela mídia.
Neste artigo, de forma muito resumida, gostaria de tratar desse ponto e abrir outro: 1) se o Sr. Alckimin é conservador; 2) Se a mídia quer preparar o campo para uma nova vitória de Lula.
Vamos à primeira. Admiti-se em geral que o adjetivo de conservador se reserva a pessoas que têm anseios para conservar na sociedade certos aspectos como, para enumerar apenas alguns, a família monogâmica, o casamento somente entre pessoas de diferentes sexos, a hierarquia justa e harmônica no tratamento entre pessoas de níveis diferentes, a defesa sem restrições da vida desde sua concepção, planejamento familiar feito de forma natural e não artificial etc.
No final de janeiro, deste ano, o Sr. Alckmin fez várias visitas a cidades do Nordeste, e enquanto estava na capital pernambucana concedeu uma entrevista na qual afirmava que o aborto não é solução, mas no decorrer da entrevista percebe-se que ele não é totalmente contra o assassinato de nascituros, apenas ele acha que esse tema nós “Podemos avaliar para outros casos, mas não é solução”.
Sobre o “casamento” de homossexuais, o Sr. Alckmin disse que se o Congresso Nacional aprovar a lei, "nenhum problema". "É um contrato, eu respeito as pessoas e a maneira de elas viverem", declarou.
Ao tratar sobre “células-tronco” o governador deixou margem a muitas interpretações quando disse ser favorável às pesquisas, mas dentro de "padrões éticos", não especificando quais seriam e não disse se é a favor a fazer pesquisas em “células-tronco” adultas ou embrionárias - no qual envolveria a prática do aborto.
Alckmin aproveitou a oportunidade para deixar claro que não pertence à Opus Dei. Disse que "a confusão" surgiu porque um tio dele, já morto, o "tio Zeca", e uma prima, "Maria Lúcia", integravam a entidade.
Aliás, para tentar mostrar que não tem perfil conservador, o governador fez um resumo de sua carreira política. Lembrou que entrou na vida pública aos 19 anos, "em plena ditadura militar", e que combateu o regime.
Agora cito uma frase de Alckimin que ligará com o ponto dois do presente artigo “O governo do PT é que faz uma política muito conservadora". "Mais que conservadorismo, é medo. Não é só falta de ousadia. É conservadorismo, falta de ousadia e medo."
Bem, entro agora no ponto dois do artigo: Se a mídia quer preparar o campo para uma nova vitória de Lula.
Não pretendo tratar aqui o que o Sr. Alckmin entende por conservadorismo, mas como isso pode fazer parte de um jogo de opinião pública.
Não quero aqui fechar a questão, pretendo apenas abrí-la, pois, para mim é estranho ver, justamente quando se anuncia que o eleitorado tenderá para um candidato mais conservador, um deles lutar para mostrar que não tem o tal perfil e ainda apontar que o adversário o tem.
Aliás, vejo correntemente nos jornais pessoas de esquerda chamando Lula de conservador, FHC foi um deles.
Será que a mídia está querendo criar um ambiente parecido com o que antecedeu a vitória de Lula a quatro anos atrás? Será que estamos novamente diante da tática “lulinha paz e amor”?
Não estou afirmando que essa tática será o único artifício utilizado pela mídia se ela estiver pretendendo apoiar o atual presidente. O fato é que se a mídia quiser lançar novamente Lula ao poder usará de outras manobras psicológicas como esta, e apenas quero abrir os olhos do leitor para esta psy-war, onde as palavras e seus significados têm seus efeitos na opinião pública.
Nos últimos meses têm-se discutido uma questão de fundamental importância para as próximas eleições presidenciais: o que vai fazer com que o eleitor vote em tal candidato? Certamente esta é uma pergunta que nenhum dos partidos políticos poderá deixar de responder se quiser ter chances de alcançar o executivo.
Alguns cientistas políticos, logo após a derrota do Governo no referendo sobre o desarmamento, afirmaram enfaticamente que o próximo presidente terá de ter um caráter mais conservador, não da extrema-direita, mas conservador.
Conversando com pessoas de pensamento direitista-conservador, verifiquei que alguns deles têm um certo enlevo com o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, possível pré-candidato do PSDB à presidência. Dizem que ele é a esperança da direita. Inclusive boatos de que ele pertenceria ao movimento católico conservador Opus Dei foram espalhados pela mídia.
Neste artigo, de forma muito resumida, gostaria de tratar desse ponto e abrir outro: 1) se o Sr. Alckimin é conservador; 2) Se a mídia quer preparar o campo para uma nova vitória de Lula.
Vamos à primeira. Admiti-se em geral que o adjetivo de conservador se reserva a pessoas que têm anseios para conservar na sociedade certos aspectos como, para enumerar apenas alguns, a família monogâmica, o casamento somente entre pessoas de diferentes sexos, a hierarquia justa e harmônica no tratamento entre pessoas de níveis diferentes, a defesa sem restrições da vida desde sua concepção, planejamento familiar feito de forma natural e não artificial etc.
No final de janeiro, deste ano, o Sr. Alckmin fez várias visitas a cidades do Nordeste, e enquanto estava na capital pernambucana concedeu uma entrevista na qual afirmava que o aborto não é solução, mas no decorrer da entrevista percebe-se que ele não é totalmente contra o assassinato de nascituros, apenas ele acha que esse tema nós “Podemos avaliar para outros casos, mas não é solução”.
Sobre o “casamento” de homossexuais, o Sr. Alckmin disse que se o Congresso Nacional aprovar a lei, "nenhum problema". "É um contrato, eu respeito as pessoas e a maneira de elas viverem", declarou.
Ao tratar sobre “células-tronco” o governador deixou margem a muitas interpretações quando disse ser favorável às pesquisas, mas dentro de "padrões éticos", não especificando quais seriam e não disse se é a favor a fazer pesquisas em “células-tronco” adultas ou embrionárias - no qual envolveria a prática do aborto.
Alckmin aproveitou a oportunidade para deixar claro que não pertence à Opus Dei. Disse que "a confusão" surgiu porque um tio dele, já morto, o "tio Zeca", e uma prima, "Maria Lúcia", integravam a entidade.
Aliás, para tentar mostrar que não tem perfil conservador, o governador fez um resumo de sua carreira política. Lembrou que entrou na vida pública aos 19 anos, "em plena ditadura militar", e que combateu o regime.
Agora cito uma frase de Alckimin que ligará com o ponto dois do presente artigo “O governo do PT é que faz uma política muito conservadora". "Mais que conservadorismo, é medo. Não é só falta de ousadia. É conservadorismo, falta de ousadia e medo."
Bem, entro agora no ponto dois do artigo: Se a mídia quer preparar o campo para uma nova vitória de Lula.
Não pretendo tratar aqui o que o Sr. Alckmin entende por conservadorismo, mas como isso pode fazer parte de um jogo de opinião pública.
Não quero aqui fechar a questão, pretendo apenas abrí-la, pois, para mim é estranho ver, justamente quando se anuncia que o eleitorado tenderá para um candidato mais conservador, um deles lutar para mostrar que não tem o tal perfil e ainda apontar que o adversário o tem.
Aliás, vejo correntemente nos jornais pessoas de esquerda chamando Lula de conservador, FHC foi um deles.
Será que a mídia está querendo criar um ambiente parecido com o que antecedeu a vitória de Lula a quatro anos atrás? Será que estamos novamente diante da tática “lulinha paz e amor”?
Não estou afirmando que essa tática será o único artifício utilizado pela mídia se ela estiver pretendendo apoiar o atual presidente. O fato é que se a mídia quiser lançar novamente Lula ao poder usará de outras manobras psicológicas como esta, e apenas quero abrir os olhos do leitor para esta psy-war, onde as palavras e seus significados têm seus efeitos na opinião pública.