Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
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São Paulo, terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Anarquistas e comunistas: a autogestão integral

Autor: Edson   |   22:43   2 comentários

Anarquista (an, em grego privado de, e arché, governo) é um indivíduo que luta pelo fim de toda autoridade, mesmo quanto legítima, e para isso alguns se utilizam dos crimes praticados pelas ditaduras comunistas para suprimir toda e qualquer superioridade. Exemplo:

O erro desses anarquistas é supor que o marxismo não seja também tão tolo quanto eles anarquista.

Sim, é verdade, houve açougues humanos ditaduras comunistas onde a autoridade foi utilizada de forma completamente errada (Nuremberg para os comunistas, já!), mas os próprios marxistas consideravam esse período ditatorial como uma transição necessária para impor a igualdade. Quando a liberdade não mais gerasse desigualdades, então eles acabariam com uma das últimas desigualdades, o próprio Estado, pois a simples existência dele supõe que uns mandam e outros obedecem. Aí teríamos, dizem os comunistas, uma sociedade autogestionária.

Essa tal sociedade autogestionária "transportará toda a máquina do Estado para onde, desde então, o corresponde ter seu posto: o museu de antiguidades".(Cfr. Frederich ENGELS, Origem da Família - A propriedade e o Estado, pp. 217)

Um porta-voz dos grupos anarquista congregados na CNT - Confederação Nacional do Trabalho, fundado na Espanha por anarco-sindicalistas -, diz : "Por qual tipo de sociedade lutamos? Por uma sociedade sem classes, igualitária, onde necessáriamente os meios de produção estarão socializados (não estatizados), autogestionados pelos próprios trabalhadores (...). A isto é o que chamamos comunismo libertário: uma sociedade autogestionada federal e igualitária".

Na mesma declaração, acrescenta mais adiante: "Não pensamos que haja muitas diferenças entre a concepção da sociedade final a que aspiramos socialistas, comunistas e libertários. Haveriam diferenças nos meios e nas etapas precedentes" (Cfr. Sergio FANJUL, Modelos de transición ao socialismo, pp. 131-132 e 136).
 

Gorbachev, em seu livro “Perestroika – Novas idéias para o meu país e o mundo” (Ed. Best Seller, São Paulo, 1987, p. 35), escreve: “A finalidade desta reforma é garantir .... a transição de um sistema de direção excessivamente centralizado e dependente de ordens superiores para um sistema democrático baseado na combinação de centralismo democrático e autogestão”.

A autogestão era “o objetivo supremo do Estado soviético”, segundo estabelecia a própria Constituição da ex-URSS em seu Preâmbulo.

A diferença entre um mundo anarquista e um autogestionário é apenas o rótulo. Suas rivalidades dizem respeito somente aos métodos para atingir o mesmo fim.

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São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 2006

Pela Lituânia livre – o monumental abaixo-assinado e a independência

Autor: Edson   |   20:32   Seja o primeiro a comentar

Resumo: Representante de TFPs da Europa discursa no Parlamento Lituano, na comemoração oficial do 15º aniversário do reconhecimento da independência da Lituânia e de sua admissão na ONU

Fonte Revista Catolicismo

Discurso de Dr. Caio Vidigal Xavier da Silveira no Parlamento da Lituânia
Senhor Presidente do Parlamento,
Senhores deputados,
Eminência reverendíssima,
Excelências,
Senhoras e senhores,

Completa 15 anos no dia 17 de setembro a independência da Lituânia, então reconhecida com sua admissão no seio da ONU. Marco decisivo do longo caminho rumo à plena liberdade, cujo primeiro passo foi a Declaração de Independência de 11 de março de 1990. Declaração heróica, quando se considera o colosso em face do qual ela foi proclamada: a União Soviética.

Vosso país parecia pequeno, abandonado por todos, mas levantou-se altaneiro. A Lituânia afirmou com coragem, aos olhos do mundo inteiro, que vossa pátria recusava curvar-se servilmente ante os ditadores do Kremlin. A Lituânia fazia questão de afirmar seu direito de ser uma nação livre e de preservar sua identidade cristã.

A proclamação de independência da Lituânia foi um grito de fé e de coragem. Ele ressoou alto e claro na Terra inteira, e seus ecos chegaram até a minha pátria, o Brasil. O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, fundador e presidente da Sociedade de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), comoveu-se ante vosso formidável grito de esperança.

Apressando-se a apoiar a Declaração de Independência dos nobres deputados lituanos sob a direção do presidente Vytautas Landsbergis, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira lançou no Brasil e em 26 países dos cinco continentes a famosa petição que colheu mais de 5 milhões de assinaturas a favor da independência de vosso país.

À frente de uma delegação das associações de defesa da Tradição, Família e Propriedade, entreguei pessoalmente essa petição no Kremlin, junto ao Secretariado oficial de Mikhail Gorbachev, e igualmente em Vilnius ao Presidente Vytautas Landsbergis. Os vossos amigos pelo mundo afora, reunidos pelas TFPs para vos apoiar, eram até mais numerosos que vossa população.

A declaração de independência da Lituânia constituiu o primeiro impulso para a derrubada do império soviético. Vossa ação foi decisiva. Ela contribuiu para que a opinião pública mundial se desse conta daquilo em que consistia realmente a “perestroika” de Gorbachev: uma política falaciosa, feita para adormecer as reações anticomunistas no Ocidente, e simultaneamente conservar sob a tutela de Moscou os países satélites da União Soviética.

Hoje, a Lituânia livre afronta problemas bem diferentes. Outros tempos, outras situações. A liberdade reconquistada há 15 anos, a admissão na ONU e o ingresso na União Européia vos trouxeram um legítimo progresso material e uma prosperidade crescente. Porém, e S.S. Bento XVI alertou-nos contra esse risco há poucos dias em Munique, a tentação é grande em edificar uma nação próspera e rica, da qual Deus esteja ausente. A tentação é forte em adotar um estilo de vida no qual não seja atribuído aos princípios da Civilização Cristã — eu evoco especialmente a tradição, a família e a propriedade — o papel eminente que lhes é devido.

As TFPs européias que aqui represento fazem votos para que Nossa Senhora de Siluva ajude a Lituânia a enfrentar essa tentação na vida quotidiana, com o mesmo espírito indomável de fé e de coragem que ela mostrou outrora, sem jamais curvar-se ante os perigos que a espreitam na via da fidelidade à Civilização Cristã.

Tegivoia Laisva Lietuva! (Longa vida para a Lituânia!)
Obrigado pela vossa atenção.