Transcrevo os comentários de José Carlos Solimeo - que muito me honra como leitor deste blog - sobre o filme Henry V.
Segue um vídeo (vide abaixo), parte do filme HENRY V, de Keneth Branagh, baseado em peça de William Shakespeare, quando, ao final da batalha de Azincourt, ele ordena que ninguém se vanglorie daquela vitória, que foi uma vitória de Deus e ordena que se cante o TE DEUM e NON NOBIS DOMINE. O filme todo é espetacular, com uma atuação magistral do ator principal, que também produziu e dirigiu tal filme (com apenas 25 anos de idade). Infelizmente, depois ele só fez porcaria...
Sobre a genialidade do Diretor, note que, embora a cena dure quase cinco minutos de movimentação constante, pois, os ingleses estão se retirando do campo de batalha, carregando seus mortos, não há cortes; a cena toda foi feita de uma só tomada, portanto, sem cortes.
Neste episódio do NON NOBIS, o emissário francês se vem pela enézima vez parlamentar com o rei da Inglaterra, desta vez depois da batalha, quando - segundo o roteiro - o Rei toma conhecimento de que franceses haviam matado os pagens ingleses, o que, além de uma barbárie, pois, são meninos, era expressamente contra as leis da guerra. O Rei, por causa disso está furioso, e parte para cima do emissário francês, sem saber qual a sua missão, perguntando-lhe o que ele quer dessa vez (isso, depois de jogá-lo ao chão). O emissário diz ao Rei que ele veio lhe pedir a permissão para recolher os mortos franceses, que são muitos, príncipes e nobres misturados não só ao homem comum, mas, também aos mercenários. O Rei lhe diz que, para falar a verdade, ele não sabe se essa permissão lhe é atribuição, uma vez que não sabe quem venceu a batalha ("não sei se o dia foi nosso"), ao que o emissário lhe responde "o dia é seu". O Rei, então, pasmo e agradecido, decreta pena de morte a quem do seu exército se gabar dessa vitória, uma vez que, sem dúvida a vitória lhes veio de Deus. Ele diz que todos devem reconhecer que nesse dia "Deus lutou por nós". Decreta, mais, que se iniciem os Santos Ritos dos Mortos e que todos marchem em direção a uma vila próxima, cantando o TE DEUM e o NON NOBIS. De acordo com uma matéria que encontrei, o NON NOBIS é baseado no Salmo 115, que diz, numa tradução livre "Não a nós, Senhor, não a nós, mas, ao seu Nome, devemos dar glórias" (Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloria). De acordo com a mencionada matéria, este salmo celebra a derrota dos exércitos egípcios e a libertação de Israel por Deus, na passagem do Mar Vermelho.
Segue um vídeo (vide abaixo), parte do filme HENRY V, de Keneth Branagh, baseado em peça de William Shakespeare, quando, ao final da batalha de Azincourt, ele ordena que ninguém se vanglorie daquela vitória, que foi uma vitória de Deus e ordena que se cante o TE DEUM e NON NOBIS DOMINE. O filme todo é espetacular, com uma atuação magistral do ator principal, que também produziu e dirigiu tal filme (com apenas 25 anos de idade). Infelizmente, depois ele só fez porcaria...
Sobre a genialidade do Diretor, note que, embora a cena dure quase cinco minutos de movimentação constante, pois, os ingleses estão se retirando do campo de batalha, carregando seus mortos, não há cortes; a cena toda foi feita de uma só tomada, portanto, sem cortes.
Neste episódio do NON NOBIS, o emissário francês se vem pela enézima vez parlamentar com o rei da Inglaterra, desta vez depois da batalha, quando - segundo o roteiro - o Rei toma conhecimento de que franceses haviam matado os pagens ingleses, o que, além de uma barbárie, pois, são meninos, era expressamente contra as leis da guerra. O Rei, por causa disso está furioso, e parte para cima do emissário francês, sem saber qual a sua missão, perguntando-lhe o que ele quer dessa vez (isso, depois de jogá-lo ao chão). O emissário diz ao Rei que ele veio lhe pedir a permissão para recolher os mortos franceses, que são muitos, príncipes e nobres misturados não só ao homem comum, mas, também aos mercenários. O Rei lhe diz que, para falar a verdade, ele não sabe se essa permissão lhe é atribuição, uma vez que não sabe quem venceu a batalha ("não sei se o dia foi nosso"), ao que o emissário lhe responde "o dia é seu". O Rei, então, pasmo e agradecido, decreta pena de morte a quem do seu exército se gabar dessa vitória, uma vez que, sem dúvida a vitória lhes veio de Deus. Ele diz que todos devem reconhecer que nesse dia "Deus lutou por nós". Decreta, mais, que se iniciem os Santos Ritos dos Mortos e que todos marchem em direção a uma vila próxima, cantando o TE DEUM e o NON NOBIS. De acordo com uma matéria que encontrei, o NON NOBIS é baseado no Salmo 115, que diz, numa tradução livre "Não a nós, Senhor, não a nós, mas, ao seu Nome, devemos dar glórias" (Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini tuo da gloria). De acordo com a mencionada matéria, este salmo celebra a derrota dos exércitos egípcios e a libertação de Israel por Deus, na passagem do Mar Vermelho.