Frase

"A Revolução Francesa começou com a declaração dos direitos do homem, e só terminará com a declaração dos direitos de Deus." (de Bonald).
São Paulo, sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um brinde aos heróicos 3%

Autor: Edson   |   21:32   6 comentários



"Os heróicos 3%", esse é o título do artigo de João Pereira Coutinho publicada na Folha de São Paulo um dia após as eleições do segundo turno.

Nessa crônica, o jornalista português se diz muito perturbado com o índice de aprovação do governo Lula (82%), conforme divulgou a pesquisa DataFolha. Ou melhor, nem tanto. Sua real preocupação não são os 82%, mas os "3% de brasileiros que desaprovam o governo Lula e que não embarcam no entusiasmo geral".

"Como são solitários esses 3%! E como são heróicos! É preciso coragem, e uma dose invulgar de realismo e sensatez, para não ser atropelado pela multidão desgovernada", afirma Coutinho.

João Pereira Coutinho se pergunta "quem serão esses 3%? Gostaria de os conhecer, de os convidar para minha casa, de beber com eles à liberdade e à democracia. Vou repetir, quase com lágrimas nos olhos: 3%!"

Conclui: "nessa hora em que Lula sai para Dilma entrar, os meus únicos pensamentos estão com os 3% que não perderam a cabeça e mantiveram-se à tona da sanidade."

"Nessa noite fria de Lisboa, um brinde a eles!"

Sim, desse lado do Atlântico, nessa noite quente de Salvador, um brinde!

6 comentários:

Como eu ainda não fui consultado, não sei se estou inserido nesses meros "3%" ... Sobretudo, porque quando consultarem 90% dos que eu conheço, acho que a porcentagem vai bem mudar... Haja chopp!

Apologia ao álcool? Não. Prefiro café com pão.

Não acredito nestas pesquisas. Que o governo possa ter de 60 a 70% de aprovação pode até ser, mas dizer que somente 3% da população o reprova é totalmente absurdo se observarmos o desempenho da candidata do governo na última eleição. Se o governo fosse tão popular assim ela ganharia no primeiro turno de lavada, o que não aconteceu. Normalmente estas pesquisas são feitas, conforme já denunciou Jorge Kajuru, dando maior peso para áreas onde Lula tem mais popularidade (como no Nordeste) do que áreas onde tem menos.